terça-feira, 10 de maio de 2016

O que deixamos pra trás




A música da qual falo hoje é muitas vezes realmente “o meu querer”. E creio que é também de muita gente. Ainda que não seja baseado na poesia dessa música, nos esforçamos e dizemos a Deus que queremos olhos como os dEle, que não olha com julgamentos, que não vê as diferenças, mas com amor, misericórdia e graça. Que sejamos verdadeiros representantes de Deus, ao ponto de onde pisarmos nossos pés, ali Ele também esteja, que o nosso cuidado e o nosso falar estejam apenas sendo usados por Deus.

Mas creio que não é um raro fenômeno que acontece apenas comigo, mas geral ao ser humano, temos um problema chamado inconstância. O doce e gentil ser, que foi amigável ontem no cuidado com alguém parece não ser a mesma pessoa que hoje não tem muita paciência diante de comentários, e já não tem mansidão e graça no falar. O que acontece com a nossa busca em parecer com Cristo, e nosso insistente clamor em ser usado por ele? 

Não digo que estejamos distantes de Deus. Afastados dele, perdidos da salvação. Mas nosso corpo, nossas escolhas, nosso viver tem demonstrado a natureza divina? No livro de apocalipse o Senhor adverte diversas igrejas diante das falhas que têm apresentado. Diante da igreja de Éfeso, João apresenta em princípio qualidades dessa igreja. Apesar do que vem depois, ela permanece a trabalhar pelo nome do Senhor, e a perseverar com paciência diante do sofrimento. Mas, ela já não ama o Senhor como no início. (Apocalipse 2)

O mesmo pode acontecer conosco, termos uma lista de acertos na vida com Deus, mas para você, essa lista parece suficiente? Para Deus ela é suficiente? Não que haja uma lista de Deus para nós, à qual precisamos nos adequar para ser salvos. Mas é necessário que vivamos uma vida que agrade a Deus e o apresente ao mundo.

No mesmo texto de apocalipse, João continua, e convida a igreja e Éfeso, e creio que cada um de nós, a nos lembrarmos de onde caímos. Onde o nosso olhar deixou a misericórdia e graça de Deus para trás, onde a nossa voz deixou de ser uma extensão da voz de Deus, de sua mansidão, onde os nossos pés deixaram de ser conduzidos por Deus e de o levarmos aonde formos? Que lembremos onde deixamos a características de Deus para trás, e voltemos, e nos arrependamos, e pratiquemos as primeiras obras. (Apocalipse 2:5)

E como o grande Baruk canta, sirvamos e obedeçamos a Deus como é a nossa vontade e vontade de Deus. Que reflitamos a sua verdade, o seu amor, o seu cuidado, a sua graça, a sua humildade, o seu serviço, a sua paciência, a sua alegria, sua bondade, sua paz e tudo mais que o Senhor é. Que o nosso viver o honre, o alegre e o adore. Que busquemos nele renovar as forças para essa caminhada, para que essa inconstância torne-se rara em nossas vidas. Mas que em todo dia, e em todo tempo vivamos o querer de Deus e a sua natureza.

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