domingo, 9 de outubro de 2016

Do início ao fim




Para todo escritor, ou que ao menos tentam, existe uma beleza encantadora na escrita, na criação, no poder de fazer arte. E, não sei se já notaram, mas repetidas vezes eu exalto Deus como autor e escritor. Porque eu tento, miseravelmente, descrever um pouco sobre Ele, e tudo o que Ele já fez foi descrevendo sobre ele mesmo.

“Os céus declaram a glória de Deus”, nos disse o salmista, e assim é. Por mais palavras que usemos, só descrevemos um pouco do que já nos foi mostrado e é mostrado todo dia, desde o nascer do sol e cada manifestação da glória de Deus. E além dos céus, da natureza e toda a criação, a vida anuncia algo. Todo dia, cada vida, de alguma forma anuncia um pouco de Deus.

Eu trago hoje, uma reflexão sobre uma música do Rodolfo Abrantes, que me veio à memória nesses dias, regravada por Gabriel Guedes. E a música consegue andar rapidamente de um polo ao outro do novo testamento, ou talvez, desde a profecia de Isaías sobre o nascimento de Jesus, até a profecia de João sobre a segunda vinda de Cristo.

E ouso fazer uma caminhada um pouco mais cumprida, iniciando em Gênesis. Como já disse, todo dia a glória de Deus é declarada, e desde o início, por sua autoria maravilhosa, seus planos são apresentados à humanidade.

Com início no Éden, na escrita sucinta de Moisés, temos vislumbres do paraíso, a perfeição, onde não havia choro nem ranger de dentes, como também, aperfeiçoado, será na nova Jerusalém. Ainda em Gênesis, vislumbramos num retrato parecido, a espera por um filho prometido, um filho que viria a ser sacrificado, numa amostra de Deus de que suas promessas são cumpridas, e de que é o Deus provedor de resposta e socorro.

Então, num enredo perfeito, Deus aponta para a promessa do céu e a promessa do resgatador. No livro do profeta Isaías, inspirando o compositor dessa música, Deus nos dá com clareza um relato prévio da vinda de seu filho.

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz." Isaías 9:6


O céu começa a se abrir, o menino que veio a nós, como homem, como menino, viveu entre nós, morreu por nós e abriu o novo caminho para termos acesso ao Pai, retorna. Todo joelho se dobra diante do Maravilhoso Jesus, diante de sua soberania e poder, e a glória ao Príncipe, que não foi dada ao garoto, em vez disso o humilharam, rejeitaram e o mataram, é agora dada. Em sua segunda vinda, não mais para salvar Jerusalém, mas para resgatar a nós salvos, para a Nova Jerusalém.

Depois dos relatos de um paraíso, um jardim preparado para a comunhão entre o homem e Deus, entraremos então pelas portas da cidade, onde haverá não apenas um jardim, mas uma cidade adornada para a eternidade, para a completude do plano de Deus, para a plena comunhão, a concretização de tudo o que os 66 livros da bíblia apontam. Enfim, o encontro real e pleno da noiva com o noivo.

Ariane Machado

Nenhum comentário:

Postar um comentário