“Existe um homem que me cativou” o que pensar dessa frase desconectada e descontextualizada, sozinha aqui? Muitas coisas, algumas boas, outras nem tanto. A palavra cativar tem vários sentidos, e um deles é completamente desagradável, fala sobre aprisionar, acorrentar… Mas se você já ouviu a música, mesmo que apenas o início, vê-se que não se trata disso. Pois ela trás em si uma leveza que não é encontrada num cativeiro, mas na beleza do amor.
Tom Molinari e Laura Souguellis falam de um homem, um homem que chegou a eles com a leveza que as notas da música trazem, e lhes causou encantamento. Eles, eu e vocês, somos atraídos a esse homem, e ele nos cativa, fazendo de nós apaixonados, conquistados por Ele. “Como ninguém jamais fez” continuam, revelando um novo sentimento. Uma paixão que nada tem a ver com atração, que não se baseia em nossa carne e suas necessidades, mas uma paixão que vem de nossa alma, e nos seduz de um forma que ninguém nunca o fará.
Somos direcionados por Ele a sermos nós mesmo, sem disfarces ou máscaras. E sem reservas nos entregamos, deixando para trás tudo que não é nosso, e que não vem dele. E assim deve ser, recebendo do seu amor, precisamos viver em sinceridade diante dele, e portanto, abrindo mão do que não é nosso, mas nos rótula e nos aprisiona numa vida distante dele, baseada nos prazeres do mundo, que à medida em que mergulhamos nesse amor que recebemos e ao qual somos recíprocos, já não nos satisfará. Porque a natureza espiritual se sobressairá diante da carne, e seremos guiados não por instintos carnais, mas por esse amor e a fé que o envolve.
Como seres conquistados por esse amor, desejamos tudo o que vem dele. E reconhecendo que seu reino não é nesse mundo, mas no céu, ansiamos por tudo que vem do céu. Atraídos por sua glória e santidade, e cientes de que nada disso pode ser alcançado aqui, buscamos por mais do céu, mais de Deus. E não falo sobre receber bençãos, porque ter o céu como futuro já nos bastaria, mas da beleza, do caráter, da cobertura celestial. Caminhando a fim de encontrar a santidade, nos despindo dia após dia do que nos prende a esse mundo carnal e passageiro, temos ansiedade pela presença desse homem.
Conquistados, agora temos um relacionamento, e nele não ha apenas amor. Como já falei, há entrega, nós somos dele e ele é nosso, e conclui-se então que há confiança. Mas não uma confiança qualquer, quebrada por qualquer coisa, mas uma confiança profunda, que nos permite entregar-nos a Ele, e descansar em seus braços, confiantes de que estamos guardados nEle. A esperança também se faz presente, acompanhada pela fé, pela alegria, paz, fidelidade, humildade e tantas outras coisas que o relacionamento com Ele gera em nós.
Na vida que nós encontrávamos, sufocados pelos medos, por dores e angústias, envoltos numa escuridão, que talvez não alcançava nosso olhos, mas nos cegava espiritualmente, impedindo-nos de encontrar solução e alívio. Mas sobre nós veio uma luz, e nos salvou quando estávamos imersos em nós mesmos e no mundo, e nos guiou até ele, a resposta, a luz, a esperança, amor, e nos cativou, e nos encanta de novo cada dia. Ele que nos amou, antes de o conhecermos, antes de nos livrar de nossa morte espiritual. Antes de sermos dele, quando eramos apenas perdidos e sujos, ele nos amou.
Seu nome é Jesus. Aquele que é o amor, é Jesus, quem se fez maldição por nós, para livrar-nos de nossas dividas, assumiu nossos pecados e nos amou. O Deus Emanuel, que nos acompanha e nos guarda. E em todo instante está conosco. Que nos revelou um amor inigualável. Ele não nos deixa só. Nos resgatou e nos acompanha, até que estejamos com Ele em sua morada eterna, como também nós desejamos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário