segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Revelação de Deus



Nas narrativas bíblicas encontramos formas diferentes de Deus se revelar à humanidade em cada momento da história. Pelo seu poder e justiça, Deus se revela ao povo de Israel, mais tarde com a sua graça e amor, Deus veio aos judeus na mais perfeita revelação de si, na pessoa de Jesus. E em nossos dias, para ser revelado aos gentios em “Samaria, Judeia e até os confins da Terra” está entre nós através o Espírito Santo.

Mas o Espírito Santo precisa de uma casa, ou muitas, para habitar e moldá-las a parecer com sua natureza, frutificando seus conhecidos frutos do Espírito de Gálatas 5:22. Onde encontraria essas casas?

Depois de inúmeras demonstrações de amor por uma humanidade caída, marcada por suas más escolhas, Deus deposita em nós ainda mais amor, e põe em risco todo o plano da salvação.

Nas mãos de falhos e covardes humanos, pessoas corrompidas pelo pecado, cheias de sentimentos e emoções, dotados do poder da escolha, Deus coloca a responsabilidade de apresentá-lo ao mundo.

Apresentar Ele, Ele que é Santo apresentado por pessoas manchadas e marcadas pelo pecado. Ele que é Grande, representado por tão pequenos seres. O Eterno quer se fazer conhecido através de criaturas incapazes de compreender o que está além do tempo, seres de vidas tão curtas... O Deus que carrega em si características das quais somos completamente opostos e outras que nem mesmo compreendemos, sujeita o seu plano de salvação à escolha da humanidade em viver ou não a sua vontade, de parecer ou não com Ele, de ama-lO ou não.

Mas essas diferenças podem ser diminuídas começando com uma escolha, escolhendo Deus para reinar em nossas vidas. Ele já nos escolheu, nos chamou, e ele espera que a resposta seja positiva, mas não apenas hoje, ou no dia em que levantamos a mão numa igreja, mas todos os dias, porque todos os dias novas opções virão a nós, e devemos permanecer nEle e aí seremos casa, morada do Espírito Santo.

Fomos feitos à imagem e semelhança do Criador, o pecado é que nos torna diferentes, mas é da natureza divina o amor, e com ele aprendemos a amar até mesmo a quem, para o mundo, é complemente indigno de amor. É natural ao Espírito a mansidão e vivendo plenamente em dedicação a ele, saberemos ser mansos quando o mundo insiste em caminhar com ansiedade e arrogância.

E daí, o fato de Deus entregar a nós a responsabilidade de revelar Deus à humanidade parece loucura aos olhos humano, mas é obra natural daquele que se torna filho de Deus.


Ariane Machado

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