Há alguns meses eu conheci uma pessoa (conheci me inscrevendo entre os outros tantos seguidores que ela tem, não nos conhecemos, só eu a conheço), e foi incrível o quanto me encantei com o seu encantamento.
Já tem um tempo que gostaria de falar dela, mesmo a conhecendo tão pouco, porque eu realmente tenho dificuldade em apontar objetos ou pessoas e relaciona-las à fé, ou melhor, eu tenho dificuldade em objetivar ou personificar a fé. Porque somos perigosos e instáveis. Nós, seres humanos somos incrivelmente instáveis, e temos uma necessidade absurda de tornar as coisas palpáveis. E como eu não sei lidar com isso, não queria dar-lhes esse trabalho.
Quero deixar claro que não estou exaltando uma pessoa, é muito perigoso quando fazemos isso, e colocamos alguém num pedestal, como alguém que não erra e tal. Quero apenas compartilhar a admiração por alguém, alguém que (ao menos no aspecto sobre o qual falarei) poderia, como Paulo, chamar-nos para imitá-la. E é bom termos bons exemplos.
Lhes apresento Roberta Vicente. Não sei muito sobre ela, a conheci testemunhando sobre a reação de sua família à sua conversão, e logo vi uma fé admirável. Mas o que realmente me trouxe a escrever sobre ela foi eu ter me encantado com o encantamento dela por Jesus. Sério! É possível ver que ela realmente conheceu Jesus em sua forma de falar. O seu sorriso apresenta alguém que teve um encontro com Cristo e foi mudada por ele. O olhar dela diz que ela O ama.
Eu percebi que tenho 21 anos frequentando uma igreja, mas provavelmente as pessoas não me veem muito falando sobre Jesus, e quando o faço, não veem brilho nos meus olhos, um sorriso apaixonado em meu rosto. Não que eu não ame Jesus, mas é que o ‘costume’ nos faz perder o brilho, o encantamento, a paixão.
Digo paixão sim, porque já fui uma adolescente apaixonada e ouvi um amigo meu concordar que eu realmente estava apaixonada, ele disse que via meus olhos brilhar quando eu falava do tal rapaz. Mas nunca houve alguém que me dissesse que dava para ver o quanto eu sou apaixonada por Jesus.
Eu tenho servido incansavelmente (mesmo cansada) no serviço de Cristo. Eu tenho aprendido sobre ele há muito tempo. Eu tenho tentado levar outras pessoas a também servirem e aprenderem sobre esse Jesus, seja com os meus textos aqui, ou nos meus trabalhos na igreja, ou ainda quando tento evangelizar meus amigos. Mas eu tenho pensado que talvez eu não os esteja levando a se apaixonarem por Ele porque não há brilho em meus olhos.
Ela fala de Deus como Pai, não como alguém que sabe que Ele é pai somente porque a bíblia nos diz e nos garante isso, mas como alguém que tem experimentado ser abraçada por esse pai. Seu amigo Jesus não parece ser apenas garantido pelo versículo que diz “Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. ” (João 15:14), mas como alguém que tem experimentado da confiança e intimidade com esse amigo que é realmente um homem, que verdadeiramente nos ama e nos quer ter como amigos.
E acompanhar os vídeos da Roberta tem me levado a questionar o que eu tenho feito, e ainda mais o que eu sinto e o quanto esse sentir influencia e muda a minha vida. E se nada faz em minha vida, o que fará sobre a vida dos outros? Nada. Mas o brilho no olhar dela, ao falar de Jesus em seus vídeos, tem me levado a alguma coisa, a pensar, questionar, mudar. Não para que mais tarde alguém escreva sobre o brilho em meus olhos, mas para que nada seja em vão. Para que o meu serviço e o meu aprendizado não sejam em vão, para que mais tarde eu não perceba que nunca fui capaz de inspirar alguém a buscar o Cristo que tanto tento anunciar.
“Sedes meus imitadores como também eu sou de Cristo”, afirmou Paulo com ousadia. Os olhos de Roberta Vicente têm me dito o mesmo, e lhes convido a também buscar aproximar-se e apaixonar-se continuamente pelo nosso Senhor Jesus.
Ariane Machado
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